Para os que não me entendem.

Você não entende

Que eu rasgue e remende

As minhas razões todo dia.

Das coisas que falo

E quando não calo

Nas horas que eu não queria.

Eu tenho direitos

Loucuras, defeitos,

A insanidade assassina

Do fundo do poço

Até o pescoço

E mais que você não imagina.

É um modo de pensar

No que sou e não sou

Inconstante?

Incompleto?

Sutil?

Demasiado?

Disperso?

Nem sempre sei o caminho que vou.

Às vezes agradeço

As coisas que esqueço,

Por conveniência e sina.

Mais vale meu gosto

Do que rolar no rosto

A lágrima que não combina

Com tudo que penso

Usando o bom senso

Nas cartas da manga comprida

Que uso no jogo

Pondo a mão no fogo

Naquilo que minha alma duvida.

É um modo de agir

No que dou e não dou

Distante?

Incorreto?

Fútil?

Desprezado?

Sem nexo?

Nem sempre sei o tempo em que estou..

Geraldo Lys
Enviado por Geraldo Lys em 29/06/2011
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