Lua Clara

(Estrada Humana – Otávio Costa)

Nem com o tempo seu destino

Vai me deixar te encontrar

Hora teu reflexo faz comigo

Um belo jogo de luz

Com o pensar retira-me as forças

Que a alma produz

Hospedando na consciência

Discretamente teu brilho

Captura com ar sereno

O valor do agora

A sorte é um abrigo interno

Na morada do coração

Ultrapassa sem sentir

As entranhas da razão

Alegrias, tristezas,

Nobres momentos, belezas

Com amor minha clara lua

Preenches a lacuna que o tempo castiga

Aceleres as conseqüências

Assim posso esticar minha caminhada

Para te dar um abraço

Dessa forma conhecerás o novo

Do velho que tenho comigo

Manobro a solidão escrevendo o que sinto

Não que a vida seja monótona

Ela me castiga com o tempo que não tenho

Para realizar o que o meu ideal sente necessidade

No abastecimento frente à incredulidade do meu pensar

Coloco-me em disputa na minha ansiedade de abandonar

A velha máscara e mostrar como sou tingido

Esquecendo tudo quando da minha bela janela

Encontrar a alegria que o regresso proporciona.

Estrada Humana
Enviado por Estrada Humana em 30/11/2006
Código do texto: T306191
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