HOJE
Hoje a vida é um sonho deslizante
Nos palcos da imensidão do meu quarto
No apartamento em que eu vivi
Hoje a vida é uma alegria flutuante
Nos gritos da aparição do seu parto
No confinamento em que eu dormi
Hoje a vida é uma ansiedade errante
Nos saltos que causam um infarto
No batimento que no peito eu senti
Hoje a morte é uma vida cessante
Nos boatos de quem não sabe do relato
No contentamento que eu nunca sorri
Hoje a morte é um medo constante
Nos moldes dos que enredam um fato
No juramento da aleivosia que eu vi
Hoje a morte é uma vida periclitante
Nos seios que escondem um prato
No ensinamento de um livro que eu li
Hoje o céu é uma realidade distante
Nos anjos que caminham no mato
No perverso caído que outrora eu parti