RETALHOS D’ALMA
O que são para nós, meros aldeões,
os retalhos d’alma de que fala o poeta?
Os quais trazem a verdade circunspeta,
atrelada ao seu mundo de ilusões.
Seriam, por ventura, as primaveras,
enfeitadas de belas e variadas flores?
Ou seriam os puros e virginais amores,
que transformam a vida, em quimeras.
Nada se poderá afirmar sem conhecer,
todo o substrato intrínseco do espírito,
pois a ele somente, é que fica restrito
a essência que se faz do próprio viver.