Espanto

Dê-me a mão

e venha comigo.

Alguma estrela

haverá de

nos dar abrigo.

E algum vento

trará um tempo

amigo.

Caminhemos outro

tanto,

oremos ao novo

santo,

espantemos o velho

quebranto

e quebremos o antigo

espanto.

Outros gregos

novos teatros farão

e Dionísiacas mulheres

cantarão

ao vinho e ao perdão.

É hora da

fúria dos elementos,

da sutileza dos argumentos

e da nudez dos sentimentos.

Para Cristina.