Estradas
Em estradas escuras, claras, frias e quentes; tristes, felizes, movimentadas e ermas; grandiosas, simples, misteriosas e definidas caminhei. Vi gente simples, vi gente humilde, vi gente boa, vi gente má; vi a riqueza e a simplicidade, vi a tristeza e a felicidade; vi a dor, vi a desgraça; vi um mundo de ideias, percebi o silêncio nas estradas.
Pouco conheço sobre a vida, pouco nessa Terra vivi até agora, mas já posso dizer que reconheço o valor da vida; reconheço que ela é constituída também por coisas simples. Senti o amor, eu vi pessoas amando, aprendi a viver no campo, tão bem quanto vivo na cidade.
Ouvi o canto dos pássaros pela manhã, vi o sol nascer nas lindas estradas que passei. Nas cidades mais simples reconheci a delicadeza da vida e nas cidades maiores reconheci que as pessoas que nos cercam são um mundo de ideias e em cada uma delas existe uma história complexa a ser contada.
Tenho muitos caminhos pelos quais posso optar, existe um mundo que me espera no lado de fora da minha casa e muito conhecimento que ainda irei adquirir, e nessa vida vou caminhar, com passos longos ou mais calmos irei descobrir cada vez mais estradas e atalhos, caminhos seguros e perigosos, novas possibilidades nesse mundo sem fronteiras. E seguirei buscando o conhecimento e o amor, nas coisas grandes e simples que constituem esse universo. Buscando sempre olhar como uma águia o que está distante e como um ser humano o que está bem perto mesmo que necessite de microscópios para poder enxergar. Eu quero aprender a sonhar, a amar, a realizar, a observar, aprender a errar e concertar, a escolher caminhos, a ensinar e seguir a vida desfrutando as fronteiras que tiver a oportunidade de atravessar.