Épico da alma nua

tontos relógios

vivem para consumir os momentos

do que ainda não vivi...

sinto o cheiro de sangue

de cada segundo

estendido no tempo

verdes são as horas

longos ais das noites

criam calos dentro de mim

cada hora é parte do corpo

como um dedo

como um dente

o passado escuta a voz

das horas que tirou das almas

(como uma flauta triste sem assinatura)

horas não perdoam

(vivem entre o ponteiro e seu alvo)

sua sombra será sempre maior que o relógio.

Vania Lopez

Vania Lopez
Enviado por Vania Lopez em 27/06/2011
Código do texto: T3059791
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