Épico da alma nua
tontos relógios
vivem para consumir os momentos
do que ainda não vivi...
sinto o cheiro de sangue
de cada segundo
estendido no tempo
verdes são as horas
longos ais das noites
criam calos dentro de mim
cada hora é parte do corpo
como um dedo
como um dente
o passado escuta a voz
das horas que tirou das almas
(como uma flauta triste sem assinatura)
horas não perdoam
(vivem entre o ponteiro e seu alvo)
sua sombra será sempre maior que o relógio.
Vania Lopez