JANELA DA ALMA

Pela janela da alma
Eu absorvo o mundo
Eu absorvo tudo ao meu redor
Eu vejo os danos a natureza
Eu vejo os danos dos homens
Eu vejo os danos à essência humana
Eu vejo lixo e o luxo em luta diária
Nos becos insólitos da vida que passa.

Pela janela da alma
Eu vejo que o ódio rechaça as mazelas
E que deixa sequelas a luz do dia ao som da nostalgia
De mais um entre tantos e tantos sucessivos dias.
Porque que só agora vejo almas que antes eu não via?

Pela janela da alma
Eu vejo as lágrimas dos enjeitados
pela sorte;
Eu vejo a dor de quem nunca sonhou e realizou;
Eu vejo a desordem que impera na soleira da porta entreaberta
E faz vista grossa no quintal do intimo de todos nós;
Eu vejo pela janela da alma que não estamos sós;
Eu vejo pela janela da alma outras almas andarilhar a esmo;
Eu vejo pela janela da alma a fuga insana da alma pela janela.
Seria então o cásulo da alma uma cela?

 
Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 26/06/2011
Reeditado em 02/06/2014
Código do texto: T3057821
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