BRINCAR
O final dos tempos se repete a cada dia,
não há paz
nos infinitos cantos do mundo.
Já pensou em deixar a criança sair?
Não. Não pensou.
Não se pensa mais em liberdade,
agora só se pensa em voltar.
Entrar e fechar bem a porta, eis a verdadeira aventura,
o prazer alucinógeno de viver.
Estendo minhas duas mãos para ti e peço para que sentes ao meu lado
no sofá encardido
sob o quadro falso
ao som da novela
nos basta.
Quem sai, agora, é o invísivel que mora no sonho;
E aqui dentro ficamos a brincar.
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