BRINCAR

O final dos tempos se repete a cada dia,

não há paz

nos infinitos cantos do mundo.

Já pensou em deixar a criança sair?

Não. Não pensou.

Não se pensa mais em liberdade,

agora só se pensa em voltar.

Entrar e fechar bem a porta, eis a verdadeira aventura,

o prazer alucinógeno de viver.

Estendo minhas duas mãos para ti e peço para que sentes ao meu lado

no sofá encardido

sob o quadro falso

ao som da novela

nos basta.

Quem sai, agora, é o invísivel que mora no sonho;

E aqui dentro ficamos a brincar.

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Mulher de Sardas
Enviado por Mulher de Sardas em 30/11/2006
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