APRENDENDO A LER
A palavra é livre,
voa.
Flana ao redor,
comove,
incomoda os ouvidos.
Penetra os olhos,
aturde,
ilude a mente.
Revela segredos,
expõe medos
e maravilhas.
É continente, é ilha:
sem a palavra
o que seria?
Mas a palavra trai
e atrai
muitas sensações.
De amor,
de ódio,
a palavra corrói.
A palavra, silenciada,
ainda é faca
guardada
no cós dos acusadores.
A palavra, silenciada,
é bênção inalcançada
por poetas
e prosadores.
Tanto poder a palavra tem,
mas muitos não querem
respeitá-la.
Aleatoriamente,
irresponsavelmente,
desrespeitosamente,
jogam a palavra
no chão da sala,
pisam sobre ela,
agridem sua maciez.
Inútil se torna
a palavra dispersa.
É preciso aprender
a ouvir,
a ler,
a beber
a palavra.
A palavra
é a mais possível liberdade.
A palavra é livre,
voa.
Flana ao redor,
comove,
incomoda os ouvidos.
Penetra os olhos,
aturde,
ilude a mente.
Revela segredos,
expõe medos
e maravilhas.
É continente, é ilha:
sem a palavra
o que seria?
Mas a palavra trai
e atrai
muitas sensações.
De amor,
de ódio,
a palavra corrói.
A palavra, silenciada,
ainda é faca
guardada
no cós dos acusadores.
A palavra, silenciada,
é bênção inalcançada
por poetas
e prosadores.
Tanto poder a palavra tem,
mas muitos não querem
respeitá-la.
Aleatoriamente,
irresponsavelmente,
desrespeitosamente,
jogam a palavra
no chão da sala,
pisam sobre ela,
agridem sua maciez.
Inútil se torna
a palavra dispersa.
É preciso aprender
a ouvir,
a ler,
a beber
a palavra.
A palavra
é a mais possível liberdade.