MINHA DOR DE VIVER
DÓI MUITO A DOR
QUE ME ATORMENTA
NESSE LUGAR TÃO FRIO
QUE NÃO É O MEU.
TALVEZ SEJA MINHA LÁPIDE!
ESSAS PESSOAS ESTRANHAS PARA MIM.
LONGE DO LIRISMO DO MEU AMOR
PELO MEU RIO DE JANEIRO
DE SEMPRE!
SEREI SEMPRE UM ESTRANHO ESTRANGEIRO AQUI,
SEM DÚVIDAS.
PENSO EM IR-ME.
ESTOU CANSADO
E
MUITO DEPRIMIDO.
NÃO CONSIGO PENSAR DIREITO,
VIVER ENTÃO,
ESTOU LONGE.
SEMPRE VIVI AQUÉM DAS MINHAS POSSIBILIDADES
PELA MINHA FALTA DE FÉ
E CRENÇA
EM MIM.
NÃO FOI O QUE APRENDI
EM CASA,
NO SEIO DO AMOR ABSOLUTO DA MINHA FAMÍLIA.
É UMA FERIDA,
UMA CHAGA EM MIM
QUE PARECE NUNCA CICATRIZAR.
VIVO REBAIXADO EM MIM.
SOU SEMPRE ASSIM.
PARECE QUE NESSES CINQUENTA ANOS
É O SENTIMENTO QUE MAIS ME ABATE.
ESTOU MUITO CANSADO
DE MIM,
DA MINHA VIDA,
DO MUNDO E SUAS VIDAS,
DE TUDO, ENFIM.
MORRER JOVEM,
AGORA JÁ NEM TANTO ASSIM,
É MINHA SINA.
PENA FALTAR-ME ATITUDE PARA TANTO, NESSE MOMENTO.
ME EXPONHO NESSE POEMA,
SEM RESERVAS...
NESSA HORA SOU APENAS UM ESPECTRO DE MIM,
OPACO,
SEM COR,
NEM BRILHO,
SEM VIDA,
ENFIM!