Identidade Insepulta

O pensamento tateia o silêncio da madrugada

E acaricia o tempero da insensível solidão,

Percorre os devaneios de imensurável reflexão

Apalpando os primeiros acordes de deletéria alvorada.

Gotas de orvalho umedecem singular desventura

Salpicando pedaços de nostalgia da noite soturna,

Retalhos de inefável sorriso despenca na curva

Onde intrépida saudade transforma-se em chuva.

O sono que massageia o estresse da vigília

Configura estertores de reminiscências que um dia

Caminharam auspiciosas sobre a água do olhar...

Metamorfose atrofiada da consciência insepulta

Serviciando imagens oníricas da natureza sem culpa

Pelo naufrágio indolor da saudade nas vagas do mar!

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Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 25/06/2011
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