Morte do eu-barro
Valete dos Anjos
Em busca do meu caminho,
tendo o marmore frio a me esperar.
Frio dos pés ... A boca enegrecida e dormente,
Em meu rosto pálido,
sem o palor do riso...
Pelo vale... tremo de frio,
em meu rio de lágrimas.
O corpo já não responde,
a alma já não parece doente.
Tremo como se o calor sumisse,
arrepia-me no esquecimento.
Choram todos ali...
A chuva cai nos olhos,
esperando o Adeus,
em seu lugar...