Poeira...

Vento nas calçadas... e a poeira levanta
Mostra-se o inverno... Só a formiga canta.
Reboliço de alvenarias... Estradas e galhos... Vento minuano que atordoa.
As pessoas deveriam aprender com as árvores... Já dizia o Poeta... Barros.
Aprender com o tombar das folhas, sem fazer tanto alarde.
Um dia, o Universo será duo... Complexo pensamento... Singularidade, apenas minha.
E as voltas que dei serão lembranças... E os cabelos serão véus nos olhos de quem os tocou... E a alma dirá Adeus!
Poeira é o que resta da magia que respiro... E ainda não aprendi o que tem no esconder de faces...
Ah!... Que as batidas sejam tão límpidas, tal e qual a realidade que observo agora...
Que só venham passos largos... Que só surjam brilhos que continuem... Que sejam árvores que realmente me deem frutos.
Suplicar aos céus, deixo para quem acredita... Gosto de respirar o verso... O Verbo!
E, nas lacunas das armadilhas, que a intuição seja guia.
Poeira são os laços desamarrados dos sapatos...
Eu, ainda, só colho o que sinto... Verdadeira lança nos calcanhares.



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