ESCULTURA NUA

Assim como se encontra em submerso

Na bruta matéria, a nua escultura

Em minha veia estão meus versos

Que o labor das mãos entalha e procura.

Do fundo marmóreo o escultor traduz

A imagem do etéreo em forma e luz

Maciço é meu verso, minha poesia

Onde elaboro o sonho que extasia.

O escultor fere a matéria inerte

E traz à superfície linda e nua

Ao olhar infame o prazer de ver-te

Eu, a esculpir versos feitos de lua

Que sensações transforma e converte

Nenhum prazer maior deles se exclua.

(Irene Cristina dos Santos Costa – Nina Costa, 21/06/2011)

Nina Costa
Enviado por Nina Costa em 24/06/2011
Reeditado em 24/06/2011
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