ESCULTURA NUA
Assim como se encontra em submerso
Na bruta matéria, a nua escultura
Em minha veia estão meus versos
Que o labor das mãos entalha e procura.
Do fundo marmóreo o escultor traduz
A imagem do etéreo em forma e luz
Maciço é meu verso, minha poesia
Onde elaboro o sonho que extasia.
O escultor fere a matéria inerte
E traz à superfície linda e nua
Ao olhar infame o prazer de ver-te
Eu, a esculpir versos feitos de lua
Que sensações transforma e converte
Nenhum prazer maior deles se exclua.
(Irene Cristina dos Santos Costa – Nina Costa, 21/06/2011)