Ébrio Sem Esperança
Valete dos Anjos
Alvejando minha alma,
O tiro de rimas e prosas proféticas.
Tendo em minha a sede insaciável
E o odor e a rouca palavra...
Torna-se o Rum no Ébrio da vida,
Minha namorada...
Caminhos tortos,
Longos e sinuosos e vejo trancado.
A guimba do tempo fumo,
No chão do esquecimento.
Ali no cimento duro chão,
Deito nos escarros na minha escuridão...
Com os pés rachados, feridos e inchados,
Sento no meio fio...
Na linha da lembrança.