Dialética Romanticista

Quanto mais a gente complica,

Mais a dor, fazendo cara de amiga,

Num abraço apertado vem, convida,

A viver o que era amor,

Que agora já passa, meramente, a compor

Cicatriz. Ilusão...

Esperar que dessa marca sem vida

D´onde o riu, solitário, beira o cais, que nem liga,

Surja a luz que o ateu agradece em fervorosa oração.

Papelão, insistir nessa lira!

Memórias já mortas "me tiram" a vida.

Sei nem mais por que to escrevendo essa rima.

Só o samba me leva a compor;

Em 2x4 meu choro nem lembra a dor.

Tão feliz papelão!

Faz da lagrima a mais colorida

Aquarela, óleo, afresco, matiz dessa vida.

Traz a luz que me faz esquecer o que é escuridão.

Sei que a luz não existe sem que exista o escuro. Não... Não!

Já que um é a ausência do outro o que vale é a relação:

Gradação entre claro e escuro fazendo a contradição,

Que internamente nega as duas,

Pra que aparentemente exista uma e outra,

Em plena separação.

Humm... Qualquer bronca, não fui eu;

Quem dizia isso...

Se não me engano era um alemão!

IgorDiniz
Enviado por IgorDiniz em 23/06/2011
Reeditado em 21/08/2014
Código do texto: T3053288
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.