Dialética Romanticista
Quanto mais a gente complica,
Mais a dor, fazendo cara de amiga,
Num abraço apertado vem, convida,
A viver o que era amor,
Que agora já passa, meramente, a compor
Cicatriz. Ilusão...
Esperar que dessa marca sem vida
D´onde o riu, solitário, beira o cais, que nem liga,
Surja a luz que o ateu agradece em fervorosa oração.
Papelão, insistir nessa lira!
Memórias já mortas "me tiram" a vida.
Sei nem mais por que to escrevendo essa rima.
Só o samba me leva a compor;
Em 2x4 meu choro nem lembra a dor.
Tão feliz papelão!
Faz da lagrima a mais colorida
Aquarela, óleo, afresco, matiz dessa vida.
Traz a luz que me faz esquecer o que é escuridão.
Sei que a luz não existe sem que exista o escuro. Não... Não!
Já que um é a ausência do outro o que vale é a relação:
Gradação entre claro e escuro fazendo a contradição,
Que internamente nega as duas,
Pra que aparentemente exista uma e outra,
Em plena separação.
Humm... Qualquer bronca, não fui eu;
Quem dizia isso...
Se não me engano era um alemão!