Sabiá Urbano
No primeiro dia do inverno
Ouvi o primeiro canto do sabiá
E como amo este pássaro
Que admiro desde a infância
Rezei um agradecimento breve
Enquanto caminhava para casa
Esse dia não ficará esquecido
Cantava ele no fio
Acima da rua asfaltada
Desculpe-me velho amigo
Cortamos todas as tuas laranjeiras
Ainda assim teu canto
Livrou-me das buzinas dessa gente apressada
Poema nascido em uma zona central de BH na hora do rush. Presente de um sabiá sem lar. Junho 2011