Terça – Feira

Repentina triste poesia

Que revela pensamento meu

Numa acelerada nostalgia

Desvendando coração ateu

Ao pedir prum gênio em alto tom

A sabedoria colossal intensa

No sentir dum poderoso dom

Que dilata escuridão imensa

Numa grande mente de rapaz

Jovenzinho da sociedade pobre

Interpreta um grande e tenaz

Guerrilheiro da armada nobre

Sei que mais parece tal loucura

Com um conto de mentira vil

Sem um pingo de real fervura

Como fosse um ralé covil

Mas a poesia repentina

Transparece em meu peito nu

Como pensamento de rotina

Como na casa do pobre angu

É normal falar de poesia triste

Pesadelos temos toda hora

Natural da solidão existe

Quase sempre que não vai embora

Nesse triste verso passado

Da cabeça do pobre eu lírico

Prum papel pequeno amassado

Dissolvido por álcool etílico

Tem mensagem importante e bela

Só depende do ponto de vista

Pois o pé da pobre Cinderela

Revelou a princesa artista

Por mais longo que seja o caminho

Que tenhamos a trilhar no mundo

Com desastre, morte, espinho

Se constrói um pilar profundo.

Axeramus 20/07/2010