Miragem

Esther Ribeiro Gomes

Escrevo diante da janela aberta.

Minha caneta é cor das venezianas:

Verde! E que leves, lindas filigranas,

desenha o sol na página deserta!

(Mario Quintana)

Diante da janela aberta,

meus olhos passeiam entre as árvores

e me encanto com a paisagem

que vislumbro entre as folhagens...

Tanta beleza será miragem?

Escondido entre os galhos, avisto um ninho,

onde se aconchegam pequeninos passarinhos,

à espera do alimento que a mãe foi buscar...

Uma borboleta amarela, pousa na janela

e me convida a meditar...

Nesta paz que a natureza me traz,

pego minha caneta lilás

e transformo essa magia em poesia,

para colorir as horas cotidianas...

Se deixasse esse instante passar,

seria uma poeta doidivanas!

Ah, Quintana, meu poeta preferido,

em tua simplicidade és tão querido!

Teus doces poemas me encantam,

e fazem minh’alma carente voar,

junto aos passarinhos que soubeste amar!

Esther Ribeiro Gomes
Enviado por Esther Ribeiro Gomes em 23/06/2011
Reeditado em 24/06/2011
Código do texto: T3052462