Minhas Palavras

MINHAS PALAVRAS

Minhas palavras correm soltas,

Soltas ao vento, pelos ares ao “léo”...

Minhas palavras calam o grito de minha alma!

Minhas palavras seguem céleres

E me abandonam, deixam-me exposta ao avesso...

Minhas palavras roubam-me a calma

E lavam também minha alma

Na hora sofrida dos tropeços...

Chovem ventos e sibilam tempestades,

Na solidão sôfrega do meu eu insone!

Insana luta, louca vida,

Nem sei se estou no fim ou no começo!...

Grito a ausência do sentimento mais humano,

Do meu peito, que bate simplesmente...

Daquela dor que nos faz simples mortais!

Grito o silêncio que corrói minha alma

E invejo a carência de profundidade

Invejo a irracionalidade, a “mesmice”

Cômoda, adaptada e tolamente feliz,

Da maioria dos seres

Que assim menos sofrem...

E nem sei se menos vivem!...

Joselma de Vasconcelos Mendes
Enviado por Joselma de Vasconcelos Mendes em 29/11/2006
Código do texto: T305208