Minhas Palavras
MINHAS PALAVRAS
Minhas palavras correm soltas,
Soltas ao vento, pelos ares ao “léo”...
Minhas palavras calam o grito de minha alma!
Minhas palavras seguem céleres
E me abandonam, deixam-me exposta ao avesso...
Minhas palavras roubam-me a calma
E lavam também minha alma
Na hora sofrida dos tropeços...
Chovem ventos e sibilam tempestades,
Na solidão sôfrega do meu eu insone!
Insana luta, louca vida,
Nem sei se estou no fim ou no começo!...
Grito a ausência do sentimento mais humano,
Do meu peito, que bate simplesmente...
Daquela dor que nos faz simples mortais!
Grito o silêncio que corrói minha alma
E invejo a carência de profundidade
Invejo a irracionalidade, a “mesmice”
Cômoda, adaptada e tolamente feliz,
Da maioria dos seres
Que assim menos sofrem...
E nem sei se menos vivem!...