Utopia...
Às vezes fico triste, ou ate querendo ir,
Mesmo sabendo que o tempo passa veloz
Ou que velozes, por ele, passamos nós,
Deixando sempre a nostálgica
Sensação de não ter sido,
Não ter tido, não ter ido...
E em vida, morrido.
Às vezes fico querendo voar
Tendo os pés plantados,
Fico idealizando um futuro
Que já pertence ao passado...
Vivo me perdendo em irrealizações,
Cercada de esperas, que me trás
Um presente, carregado de quimeras.
Hoje, a estrada esta tão curta
Pra tão longa caminhada,
Arrependo-me de não ter ousado,
De não ter ao mundo me atirado,
Me arrependo de não ter me perdido
E me deslumbrado
Os meus dias estão
Tão inusitado, andando em
Avenidas traçadas, rumo ao sol,
Lamentando por tudo o que deveria ter andado,
Se não fosse o peso das asas quebradas,
Arrastadas por dias ausentes de arrebol
E os sentimentos mais profundos.
Vai se transformando em utopia,
Que se transforma em realidade.
E a harmonia que vem do meu interior
Vive num paradoxo constante.
E o frio me aquecendo.
E o vazio me completando.
E assim vou vivendo
Do avesso para o avesso
Numa incompleta solidão
Porque amar por amar
Não compartilha tempo
Nem espaço
Antes não amar
Pois o amar torto confunde
Os sentimentos.