Utopia...

Às vezes fico triste, ou ate querendo ir,

Mesmo sabendo que o tempo passa veloz

Ou que velozes, por ele, passamos nós,

Deixando sempre a nostálgica

Sensação de não ter sido,

Não ter tido, não ter ido...

E em vida, morrido.

Às vezes fico querendo voar

Tendo os pés plantados,

Fico idealizando um futuro

Que já pertence ao passado...

Vivo me perdendo em irrealizações,

Cercada de esperas, que me trás

Um presente, carregado de quimeras.

Hoje, a estrada esta tão curta

Pra tão longa caminhada,

Arrependo-me de não ter ousado,

De não ter ao mundo me atirado,

Me arrependo de não ter me perdido

E me deslumbrado

Os meus dias estão

Tão inusitado, andando em

Avenidas traçadas, rumo ao sol,

Lamentando por tudo o que deveria ter andado,

Se não fosse o peso das asas quebradas,

Arrastadas por dias ausentes de arrebol

E os sentimentos mais profundos.

Vai se transformando em utopia,

Que se transforma em realidade.

E a harmonia que vem do meu interior

Vive num paradoxo constante.

E o frio me aquecendo.

E o vazio me completando.

E assim vou vivendo

Do avesso para o avesso

Numa incompleta solidão

Porque amar por amar

Não compartilha tempo

Nem espaço

Antes não amar

Pois o amar torto confunde

Os sentimentos.

Victória Moore
Enviado por Victória Moore em 23/06/2011
Reeditado em 23/06/2011
Código do texto: T3051871