Poema Alado
Sou fumaça evaporando
desprendendo-se em partículas,
saio assim da mente lúcida
e parto em direção ao cosmo.
Sou poeira, sou gotícula,
sou fuligem,
evaporo-me em bolhas,
e condenso-me no ar.
Sou aragem, brisa breve,
gotejando volto aqui,
e assim tal pluma leve
que a visão não permeou,
dou-me assim chuva fininha,
sou assim asa branquinha,
e sei que ainda nada sou.