Estilhaços

Fiz da ilusão o assédio,

na contramão do acaso

deitei.

Pus na fantasia um ensaio

quando quis reagir,

não pude.

Ando a procura do mito,

hoje a prudência me guia,

tanto vislumbre é meu nada,

e da espada o corte,

antevi.

A alma escutando o eco

batendo na janela da frente,

em riste todo dedo aponta,

ao fundo percebo sombras,

ouço os estilhaços, depois...

Silêncio.

Marçal Filho
Enviado por Marçal Filho em 22/06/2011
Reeditado em 16/08/2015
Código do texto: T3050702
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.