Psicopatia reversa
Sinto minha alma contorcer em mil dores;
escuro é o céu que me ampara;
fria é a mão que me acode;
jogada no peso do nada.
Sinto minhas costelas quebrando;
sinto o perigo cada vez mais se aproximando;
choro meu sangue todo dia;
em um delirio lamentável.
Reviro na minha cama de pregos;
sustento meu olhar nos negros cabelos da morte;
sua silhueta é igual a minha;
incrivelmente respirando morta.
Vejo que tenho perigos na minha cabeça;
meu desejo incontrolável de cinzas enlouquece meu timbre;
já não há nada de bonito no ar;
só o vermelho do sangue de inocentes no chão que piso todo dia.