Consciência

Não sei quem me fala

Quem me abre os olhos

Quem me abre os póros

Quer tirar de mim

Quer tirar sem força

Quer tirar de graça

Quer tirar da raça

Do que sou enfim

Ser humano breve

Feito nuvem

Leve

com um pesar estranho

Sem caber assim

No que sou agora

No que herdei de outrora

No meu sempre ser

Sem saber quem fala

Quem me aguça a alma

Para eu sempre ver

Pois eu sei que vejo

Que posso enxergar

Que aquilo que eu nego

Sem saber, me enche

E de fato me despertará