A vergonha do seu brilho.
Me cativei no olhar das estrelas perdidas;
Brilham sem escolha, o seu choro não tem água;
Não tem escolha de parar, trabalho sem renovas;
Pode até encantar, mas sem o poder de esconder a vergonha.
Respeita o espaço dos outros, sua luz enfraquecida o liberta;
Tem medo de brilhar, no escuro que o comforta;
Não tem escolha de estar alí, os olhos a procuram;
Pois chora por ser visto, os seus olhos o revelam.
Descobriste a pouco tempo, que escolha ela não tem;
Descobriste a pouco tempo, que não pode se esconder;
Vendo que ela chora junto com muitos iguais desiste;
Sendo sua revolta o suspiro de muitos.
Me cativei no olhar...
Das estrelas perdidas;
Me cativei na vergonha...
Q ue elas tem de brilhar.