Jardim
Estou sentado no precipício do jardim perdido,
esquecido em meio as novas histórias,
fugindo do mundo incrédulo
para as profundezas escondidas no cheiro das flores
que velozmente e sutilmente invadem as narinas
viciadas em oxigênio, no gaguejar noturno
o vento oculta-se
entre os ruídos de insetos
enquanto o abismo me chama a cair nele,
o céu brinca de colecionar estrelas e
varrido de nuvens deixa a poesia de luz
cair em olhos atentos a ele,
pessoas procuram-me,
o vento me abraça
e o jardim florido em desejo
abre um botão de sorriso na sua roseira branca.