CERTEZAS CERTEIRAS

Eu queria ter todas as certezas do mundo;
Ou pelo menos do meu mundo.
Eu queria ter as tais “minicertezas”
Mas só tenho as certezas vãs;
Ou os vãos das certezas.
Eu queria ter as certezas puras e simplesmente:
Tê-las.
Mas não tenho nenhuma.
Eu queria ter certeza
De algo concreto
De algo correto
De algo conexo
Ter pelo menos um acerto.
Eu queria ter certeza...
Uma certeza certeira
De um ponto qualquer.
Mas as tais certezas
São traiçoeiras
São alpendres
São mambembes
Em seu matreiro avançar.
Eu queria ter todas as almejadas certezas
Em vez de dúvidas que não me largam
E não me absolvem
Apenas comovem
Enquanto corro como louco
Ao encontro das frias incertezas
Que ora e meia
Tomam comigo um gole de cerveja.
Eu queria ao menos um lampejo da certeza
Para me acalmar, mas em seu lugar
Tenho a estranheza das horas a pingar
E do primeiro átimo ao derradeiro
Eu viro carniceiro do que não vejo para aguentar.

Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 20/06/2011
Reeditado em 20/06/2011
Código do texto: T3047141
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