Domingo no Juca Batista
Amanhece o dia
e tudo se repete,
nada por aqui é diferente,
nem a dor que confunde
a gente.
Tudo é sempre igual.
O gato da vizinha
com seu miado triste,
o cachorro que late
só por vocação.
E este aperto no coração.
Maurício
puxando seu carrinho,
como um menininho
rindo sem parar.
O ônibus que passa
cheio de pessoas
e, o bem-te-vi que
ainda resta,
insiste fazer festa,
mas ninguém o escuta.
O Zé, na sua correria louca,
com a roupa amarrotada,
sempre a mesma é.
E a pasmaceira de um domingo
bobo, nada é mesmo novo,
haja o que houver.
O dia transcorrendo besta,
o Paulo grita sem parar,
e tudo se repete novamente,
o JB parece, não querer mudar!