Domingo no Juca Batista

Amanhece o dia

e tudo se repete,

nada por aqui é diferente,

nem a dor que confunde

a gente.

Tudo é sempre igual.

O gato da vizinha

com seu miado triste,

o cachorro que late

só por vocação.

E este aperto no coração.

Maurício

puxando seu carrinho,

como um menininho

rindo sem parar.

O ônibus que passa

cheio de pessoas

e, o bem-te-vi que

ainda resta,

insiste fazer festa,

mas ninguém o escuta.

O Zé, na sua correria louca,

com a roupa amarrotada,

sempre a mesma é.

E a pasmaceira de um domingo

bobo, nada é mesmo novo,

haja o que houver.

O dia transcorrendo besta,

o Paulo grita sem parar,

e tudo se repete novamente,

o JB parece, não querer mudar!

Marçal Filho
Enviado por Marçal Filho em 20/06/2011
Reeditado em 22/08/2015
Código do texto: T3046140
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