O risco do amor

Não existe arte mais perigosa

Do que a turbulenta arte de amar.

Se num céu a alma amante se eleva formosa,

Nuvens pesadas e temporais se formam no ar...

Alguns loucos ou ingênuos, refreiam

Seus impulsos de entrega e exigem garantias:

“Não quero mais me machucar!” Gritam.

E sem dor, mas sem amor, passam os seus dias!

Loucura pura! Esses olhos, esse corpo, por quem

Me estremece o peito e me aperta o coração,

Não pediu para ser amado! E talvez por alguém,

Também anseie de desejo e de paixão!

E depois... Por mais que um turbilhão qualquer

Me arraste para a paixão que o peito reclama,

Nunca há certezas, pois não se ama a quem se quer,

Mas simplesmente a quem se ama!

Se amo, só me resta amar. E pedir a Deus

Que ela também me ame. Se não, funda mágoa,

Sem que ela tenha culpa, transformará os olhos meus

Em duas tristes poças d’água!...

Antonio Maria, São Luís – MA, 29/11/2006

Santiago Cabral
Enviado por Santiago Cabral em 29/11/2006
Reeditado em 26/12/2008
Código do texto: T304553
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