DESEJO

dunas aquecendo

o silêncio saliente

à procura de paz

nas aves ave

de marias e

rezas bentas

noite de vertigens

e uivos humanos

- descompassados -

açoitam os sussurros

de anjos crespos

de piedade

na laje geômetras

traçaram um traço

de interfaces

para espelhos

multividas

sem saídas

borbulharem

outra fase

em crases e frases

prossegue o tempo

seu desfecho

de luzes e fantoches

para imitar no corpo

um milagre de sonho

e desejo

auréolas perfídias

mergulham em água

fecho e movimento.

Jandira Zanchi
Enviado por Jandira Zanchi em 19/06/2011
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