Entranhas
Pessoas estranhas
Lúgubres e vorazes
Reviram-me as entranhas,
Sentimentos falazes
Sobressai-lhes a altivez,
Tamanha imperfeição,
Falta-lhes lucidez,
Privam-se da paixão
Causam-me náuseas,
Preâmbulo do engulho
Usurpo-lhes as rédeas
Firo-lhes o orgulho
Sinto-lhes o odor
Exalam a essência
Calha a ser o temor,
Extrema decadência
Restam-lhes vossas falácias
Que dentre outras artimanhas
Não demonstram eficácia
Estranhas pessoas, estranhas.