((((:::UM SOPRO VAGABUNDO:::))))

Estreitam-me de amor seus braços mornos,

sem contornos que o próprio ar desvanece.

Deixa-me perder entre palavras, um sopro vagabundo

teus soluços em voz a ganhar o mundo

Asa de fogo que em versos se alinha

Chicoteando-nos a escrita com a própria espinha

a neve que o vento insiste em poder florir,

de tão branca flor é a alma em seu interminável sentir

debruçando violetas de olhos límpidos, doces, languescentes,

nas mãos esguias, açoites, finas hastes quietas...

- Uma palavra mais, para todo o sempre!

Uma palavra quente... é o amor que a gente sente.

na branca folha, sofreste. Ali amaste.

Ali teus risos sorriste. Ali tuas lágrimas choraste.

Ali é a pedra esculpida de teu amar

tudo o que o destino te quis dar.

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 19/06/2011
Código do texto: T3044051
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