Urgência...
Mergulhou nas profundezas das almas tristes.
Nada mais restava a não ser um arrastar penoso nos lamaçais das dores que permeavam os seres perdidos.
Nos rápidos movimentos que fizera para emergir, viveu momentos sublimes.
Jamais foram absorvidos com tanto vigor e plenitude as pequenas alegrias do cotidiano.
Eis que um sorriso infantil era luz.
As flores, bálsamo para um cansaço irremediável.
Um abraço, oportunidade de comungar esperanças e sonhos.
Aprendeu a valorizar o minuto, o segundo, porque era o palpável, era a vida.
O restante? Era o imponderável poder que o atraía novamente para as trevas.
Ainda assim, a pulsão para a plenitude venceu mais uma vez.
Emergiu.
Era a vida chamando.
Era urgente retornar.
Era urgente retomar.
Era urgente amar e ser feliz.