Ode à Música
Musa das Artes, Deusa
Do som que brota no eterno
E desce em cascata para o instante,
Límpido e em espuma.
E que encharca o fino cinza da manhã
Com o preciso timbre da voz
Clara e doce que, de linda,
Faz nascer o Sol.
Tão nobre sentido, verte
ruídos em lágrimas
e converte ondas ao vento
em cálidas rosas de fogo.
A ti, reverência
e desejo,
e a gana de sentir mais uma vez
a pulsação definitiva da tua melodia.
Se canta bemol,
Faz nascer o Sol.
Se dás sustenido,
Tão nobre sentido.