Dona Marly.

Rio, 09.01.10.

Dona Marly.

Eu não mudei o mundo

e embora no fundo eu ainda pretenda,

sei que não vou mudar,

entendo sua preocupação

com esse meu jeito confuso de quem

não sabe ainda que rumo tomar.

Desculpa se as vezes eu discuto,

zango, reclamo e até

não demonstro o meu sentir,

é que as vezes sou idiota e penso

que posso recompensar

minha omissão nos tempos

que ainda estão por vir.

Eu queria tanto te dar orgulho,

fazer ter valido a pena tudo

o que fez e ainda fará por mim,

mas infelizmente a vida nem

sempre nos possibilita que

as coisas sejam assim.

O laço que nos ata é coisa

forte e sem igual,

muito mais do que foi o

próprio cordão umbilical.

é que na palma da minha mão

tua inicial já veio tatuada,

como em minha alma ficou forjada

a coragem que você teve

de ganhar o mundo não se

acomodando a submissão,

agradeço minha guerreira por

você ter lutado arduamente

a vida inteira em prol da minha criação,

como mártir que se necessário

se sacrifica por sua missão,

é por isso que hoje venho dizer

que te amo e te ofertar

essa sagrada homenagem aqui,

meu anjo da guarda, minha

doce e amada: Dona Marly.

Clayton Marcio.