Gênese de Uma Lágrima

Serena e silenciosa habita

Misterioso manancial.

Submissa ao coração

Aguarda sempre seu comando

Prá liberar a emoção.

Quando se excedem os limites,

A ponto de explodir,

O coração lhe ordena:

Vá sua missão cumprir...

Navega sua triste sina

Até o limite ocular

Onde indecisa se pergunta

Se quer mesmo continuar...

Sem opção de escolha,

Pelos cantos espremida

Dos tristonhos olhos escapa:

Precisa seguir a vida!

Num suspirar extenuado,

Deslizando pela suave face,

Transmite-lhe seu terno contato,

De carícia carregado...

E como o rio no mar desaguando,

Encerra por fim sua jornada,

Deixando os doces lábios tomados

Do gosto da mulher amada...