DEZEMBRO

Há uma força
que me impele adiante,
e com uma força
intensa.
Há uma mão invisível
que me guia
por um caminho sempre
renovado.

E eu vou, olhos atentos,
para dentro
de um outro dezembro,
mais um dezembro
para lembrar depois.

E isso é misterioso.
Como estarei no dia onze?
E no dia doze e treze?
Dezembro é nebuloso,
mas, satisfeito, penetro
a penumbra do porvir.