Na Estação dos Moinhos

À melodia do vento

o sol desenvolve-se

ondulando

seus cabelos. Nos olhos

discorre o gume

de um beijo

que vai

arrastando-se. Cor de vinho

fica riscado

dorso de espuma

no reflexo, a palavra.

E folhas sucedem-se

manchando os cortes.

Pelo ar metálico, e(s)coam.

As lágrimas

evaporadas

soprando. Os dedos emaranhados.

Incontáveis traços. E um conduzir de cintilâncias. Sustentam,

as ramificações, o gotejar das formas.

P R Keller
Enviado por P R Keller em 17/06/2011
Código do texto: T3041023
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