DESPEDIDA
Despedida.
Guel Brasil
Ah! Deus meu
Que desventura
Tive que viver um dia,
Lá num canto do passado;
Por culpa do desacordo
Que eu via e não aceitava,
Eu tive que deixar tudo
Para viver retirado.
Triste partida
Grande amargura
Restou-me apenas
Louca saudade;
E no retiro, meu sofrimento,
Era regado com pranto triste,
E na ganância do tudo ou nada
Tornei-me escravo da infelicidade.
Trago ainda,
Doces lembranças
De ouvir mamãe
Me abençoando;
Contando em terços os atropelos
Que certamente teria um dia,
O tempo todo ali, ao meu lado
Sempre, sempre rezando.
Que pena;
Eu não a tenho mais
E só agora percebo,
O quanto ela me amava;
Voltar o tempo?
Quem sou eu para tal fazejo,
Resta-me agora lembrar
O quanto ela me adorava.