Alma

Nas profundezas das horas, descansa uma alma

puramente sentada por sobre a matéria oculta aos olhos desatentos,

gozando do ambiente belamente o ar colorido em desejos ainda

irrealizados,

os quais bordam a paisagem entrelaçandos

em sonhos de

desconhecidos

transformando a lei da realidade em mentira perante os semblantes

sorridentes

ao encontrar-se

em sonhos coincidentes às suas vontades, guardando

intimamente a si

suas emoções mais profundas, dentro do bolso da memória,

fins, começos, reinícios não atrapalham-lhe

mais

e a alma desorientada sem nada a ter com a realidade

foge dos sentimentos carnais e sai em busca do lápis

que haveria esquecido pendurado na margem do poema

que estava a flutuar por sobre as linhas de uma memória esquecida....

Odirlei Lopes
Enviado por Odirlei Lopes em 16/06/2011
Reeditado em 16/06/2011
Código do texto: T3039156
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