Na ponta dos dedos.

Rio, 15.06.11.

Na ponta dos dedos.

Não me peça pra

falar em público,

não me pregue

essa peça, eu te

asseguro que

não é uma boa idéia,

eu fico mudo

diante dos olhos

inquiridores da platéia.

Em mim as palavras

nunca estiveram na

ponta da língua

e sim na ponta

dos dedos, por tanto

ao invés de microfone

traga-me uma caneta,

livra-me do palco

e do palanque,

abra aquela gaveta,

traga-me papel em branco

apoiado sobre

uma prancheta.

Clayton Marcio.