Posso ser...

Eu sou o escuro, mas também sou o claro.

Eu posso ser o trovão, mas também sou o raio.

Eu posso ser a chuva que com sua rápida lentidão nos abraça.

Mas também sou o espelho que pode refletir sua desgraça.

Eu posso ser o vento, o ar que caminha surdo.

Mas sou o único ao redor no mundo.

Eu talvez posso ser a palavra escrita sem rima.

Mas sinceramente eu sou o poeta que a ilumina.

Posso ser qualquer coisa.

Que do normal passa ao absurdo.

Porque as vezes temos que ser a espada.

Pois em tempo integral somos o escudo.

Eu sou o que devia ser.

Talvez seja algo puro.

Pois com esse dom posso proteger.

Meu mundo do escuro.

Do escuro.

Proteger minha loucura imaginária.

Desse seu mal profundo.

Imundo.

Que é a sua alma.

Posso ser o que quiser.

Posso ser o medo.

Posso ser a raiva.

Posso ser o desejo.

Poderia...

Talvez... sim...eu poderia...

Quem sabe esquecer.

Pois desde que deixei de amar.

Também deixei de viver.

Layla Vimorat
Enviado por Layla Vimorat em 16/06/2011
Código do texto: T3038120
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