Solidão Exótica

Luizinho. Quinze anos. Lindo menino...

Belíssimos olhos azuis, corpo de atleta,

Vive angustiado, sempre alerta,

Pois é tratado com todos os mimos.

Seus cabelos loiros parecem seda

E ele os trata com bastante orgulho,

Mas sua vida é pálida, cheia de embrulhos,

Plena das mais inconfessáveis facetas.

Um dia despe-se diante do espelho,

Seu corpo imberbe apresenta transformação lenta,

Em sua pele macia a mão desgovernada enfrenta

Uma auto-carícia no púbis branco e vermelho.

Logo uma intensa sensibilidade aflora

E ele se vê envolto em grande excitação,

Sua mão nas órbitas faz dançar num insano tesão

Um espesso conteúdo que traz o tremor da aorta...

A outra mão percorre o tórax de veludo

Em que pequenos mamilos estão cheios de desejos,

Os dedos apertam levemente essa vitrine de lampejos

E da boca escapam exóticos delírios sobre o corpo desnudo.

O baile das mãos silencia o agitado coração

E no auge do prazer ouve-se um último gemido,

A massa branca que navega até o encantador umbigo

É o produto que enobrece singular sensação.

Breve sorriso delata na alegria a auto-afeição

E o espelho fotografa nádegas perfeitas,

Um banho revigora as energias desfeitas,

Mas as horas retomam uma rotina carente de emoção.

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Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 15/06/2011
Código do texto: T3037430
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