NÃO QUERO SER AMOR, QUERO SER LOUCURA
Não quero ser amor!
Quero ser loucura,
para ser o imprevisível,
as palavras novas,
o presentismo.
Quero ser o beijo novo a cada dia
e a poesia viva em meu tempo,
para viver a festa e a militância,
prescrevendo os fardos a todo instante.
E, se o amor reivindicar meu coração,
não serei entendido.
Desentenderei.
Coração de louco não sofre,
não sente ciume,
não aprisiona.
Faz e desfaz desejos.
Loucura não se esgota...
e é assim mesmo que eu vou.