Guerras
Em um campo de batalhas
A vida me espreita
Com um machado nas mãos
Leve e traiçoeira
Traiçoeiramente me sorri
Com seus dentes de pedra
Com seus olhos de lince
Mansamente como águas quer
Carregar meus navios
Violentamente como as ventanias
A desnortear meus sonhos
Vida que me quer sem vida
Vida que morreu na proa
Dos teus olhos, lanternas apagadas
Tudo é guerra, hoje e amanhã
E sempre haverá multidões em fuga
Eu e os meus navios
O mar e os seus rochedos
Não sei quantas guerras preciso vencer
Para ser feliz