Infinito Distante.

Parem a guerra,

Todos estão mortos,

Os corpos expostos,

Ninguém sobreviveu.

Esta luta não é minha,

Nem tão pouco sua,

Ontem Sorriamos juntos,

Hoje é cada um por si.

Parem a guerra,

Pois há mães

Chorando a morte de seus filhos,

Que nunca mais voltarão para casa.

A bandeira branca,

Não passa de um lençol no varal,

Que se manchará de sangue.

O céu nem tem mais cor,

Só fumaça de bombas,

As pessoas temem a sombra,

E nem sabem se ainda estão vivas.

Este é o inferno para os que sofrem,

O amor morreu junto ao que ainda tinha esperança,

De ver o sol nascer por mais um dia.

E ao lado da cadeira vazia,

Do velho de barba branca,

Que fuma seu charuto,

Indaga a lembrança,

Dos tempos que ainda podia sonhar.

As flores não vão desabrochar,

Pois se aproxima mais um inverno,

E todos se trancam em seus castelos,

Esperando o nevoeiro passar.

Mas o frio parece constante,

E o infinito muito distante,

Como a estrela que não se pode tocar.

Eis os filhos que vão chorar,

A morte de seus outros filhos,

E enterrarão seus corpos,

Em sepulturas indigentes.

Mas a guerra não acabou,

Mesmo diante dos prantos do céu,

A maldade nada mais é que o medo,

De não ter um amanhã.

Lutem enquanto a vida ainda os humedecem os lábios,

Pois ao fim da guerra,

Verás que ninguém venceu.

DjavamRTrindade
Enviado por DjavamRTrindade em 14/06/2011
Código do texto: T3034729
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