Infinito Distante.
Parem a guerra,
Todos estão mortos,
Os corpos expostos,
Ninguém sobreviveu.
Esta luta não é minha,
Nem tão pouco sua,
Ontem Sorriamos juntos,
Hoje é cada um por si.
Parem a guerra,
Pois há mães
Chorando a morte de seus filhos,
Que nunca mais voltarão para casa.
A bandeira branca,
Não passa de um lençol no varal,
Que se manchará de sangue.
O céu nem tem mais cor,
Só fumaça de bombas,
As pessoas temem a sombra,
E nem sabem se ainda estão vivas.
Este é o inferno para os que sofrem,
O amor morreu junto ao que ainda tinha esperança,
De ver o sol nascer por mais um dia.
E ao lado da cadeira vazia,
Do velho de barba branca,
Que fuma seu charuto,
Indaga a lembrança,
Dos tempos que ainda podia sonhar.
As flores não vão desabrochar,
Pois se aproxima mais um inverno,
E todos se trancam em seus castelos,
Esperando o nevoeiro passar.
Mas o frio parece constante,
E o infinito muito distante,
Como a estrela que não se pode tocar.
Eis os filhos que vão chorar,
A morte de seus outros filhos,
E enterrarão seus corpos,
Em sepulturas indigentes.
Mas a guerra não acabou,
Mesmo diante dos prantos do céu,
A maldade nada mais é que o medo,
De não ter um amanhã.
Lutem enquanto a vida ainda os humedecem os lábios,
Pois ao fim da guerra,
Verás que ninguém venceu.