CÁLICES

Nos cálices

de

Sabores rimados

(Ritmados)

No gosto

No embalo

Da dança do (meu) ventre

Eu sorvo o beijo etílico

Engolindo o ócio

E transbordando lágrimas

.

.

.

No termostato

Fixado no teto

É onde meço meu medo

E basta

Para resignar-me

E entregar meus lábios

Na

Transpiração de orvalhos

Nos

Arrepios das rosas vermelhas

Transferindo discretamente

Meus gritos para a outra dimensão

.

.

.

E o meu silêncio,

Permanece vítreo

Aqui,

Onde os cálices adormecem...