A MULHER QUE NÃO CONHEÇO  
(O Encontro)




Nunca havia
Imaginado tua beleza,
Que no papel percebi,
E que te teria encontrado
Num local que não é “o aqui”.

E quando eu te vi e ouvi,
Percebi quanta presunção
Descabida em mim.

Querer a ti saber
Sem a ti sentir,

Antecipar o real
Pela ilusão da própria ilusão.

E notei que, com razão,
Querias tomar minha visão,
Para que mais rápido lesses
Aquilo que para ti escrevi...

E percebi que olhavas minhas mãos,
Para, quem sabe, tentar descobrir
A fonte dessa imaginação...


















José Carlos De Gonzalez
Enviado por José Carlos De Gonzalez em 28/11/2006
Código do texto: T303343
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